25/08/2007

Noite de insonia

Busco o embalo do sono, mas ele não chega.
O pensamento se enlaça em seus afagos, abraços e beijos.
Voa sentindo seu perfume entorpecedor.
Afogando-se em seus olhos,
Na troca de olhares profundos,
Em beijos doces pensados,
Um aterrando-se no abismo do outro.

Excitação alucinante, luxurias de pensamento
Jogo em que o sono se perde por completo
E o tempo passa, trotador.
Suspiros evidenciam que nada fica
se não a expectativa
E é só o alvorecer do próximo dia,
A mais um furtivo encontro
à memória do último.

O hoje se faz e persiste,
A mente já consolida o unívoco que se pensa.
Mas a insonia trancafiou o sono
em um comodo sem portas,
onde mora a fantasia.
E a imaginação se precipita,
para um novo dia.

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