09/08/2007

Faz-se no paralelo do tempo

Tempo paralelo que emerge. Melodias passam no vento como lembranças que caem no esquecimento. Sorrisos que fazem e se desfazem. Desvio de olhares. Redemoinhos de paixão e de ódio. Viradas do tempo que não cessa em um ardor continuo e implacável. O mundo parece girar em uma submissão infernal que aprisiona a existência. A consciência aprisionada guarda segredo. O tempo, nela está. Nela se fecha e não passa. Mente e espírito partem para a plenitude. Face aos outros suas ações são estranhas e a eles pouco se assemelha. O universo esta com ele em sintonia. Não se declina, nem se impressiona, não se apruma, nem venera. É aquele que estende sua mão, mas também aquele que a recolhe, desentendido pela racionalidade.
Tudo se desfaz e se desarma perante sua presença e tudo que se diz soa-lhe como menos, meras palavras que não descrevem a experiência. Só se abre e se revela para aqueles prontos e abertos a recebê-lo. O acaso é negado, pois nada há ao acaso. Os traços se perfazem na escuridão ou na luz. É o caminho que se percorre que o diz.
O buraco em que se encontra foi cavado com as mãos próprias e se nada fizeres, poderá se sepultar a si mesmo no esquecimento, lugar comum para onde muitos vão, se deixão ir ou influenciar.
Sê justo e sincero consigo mesmo e vê a ti mesmo quando se defrontar com o espelho da verdade. Ele mostra a morada do coração, seu desejo mais profundo, busca-o e encontra dentro de ti. Salva-te de ti mesmo e faz-se no paralelo do tempo.

1 Como duelo de Faroeste, segue a continuação:http://gustavocaran.multiply.com/

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