17/08/2007

Formiguinhas 4

O momento de contemplação não dura muito. A formiguinha escorregava do cadaço do homem e estava prestes a cair na grama, quando o cadaço passou por cima do ténis do homem e a formiguinha consegui subir.
O serviço já estava terminado e a grama toda cortada. O homem soltou um suspiro de alívio e seguiu para casa, mas a formiguinha continuava em cima do ténis.
Ela sonhava com um mundo novo, cheio de aventuras; um mundo além do jardim. A formiguinha passou a enxergar só um chão branco como algodão que passava depressa a seus olhos, de cima do ténis.
Gotas de agua começaram a cair pelo chão. O homem, parado perto da pia, bebia agua.
A formiguinha resolveu explorar esse novo mundo e ir rumo ao desconhecido. Ela foi cheia de esperanças de encontrar maravilhas, por ela jamais vistas. Ela não tinha idéia do que viria acontecer. Estava prestes a conhecer este mundo novo, quando uma sombra se fez sob sua cabeça e um peso enorme recaiu sob ela. Esmagada, ela gemia e se contorcia no chão branco.
A vista dela piscava e falhava. A morte se aproximava e ela sentiu uma brisa gélida, como um presságio de sua passagem. E assim, ela atravessou os portais do além, para o desconhecido.

9 - A formiguinha, parte 3 em : http://gustavocaran.multiply.com/

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